segunda-feira, 12 de março de 2012

Internet e o Cogito Ergo Sum: opostos em essência.


Ao comparar-se o “Cogito Ergo Sum” de René Descartes ao mundo contemporâneo - em que se abusa do uso da internet - pode-se observar que a forma de adquirir-se e absorver-se conhecimento são totalmente diferentes.
De acordo com Descartes, para algo ser considerado conhecimento verdadeiro e universal, deve passar por uma série de análises e provas, até que seja concebido como uma ideia clara e distinta. Hoje, com o uso da internet, dispomos de uma série de conteúdos, ideias, notícias, etc., já prontas, de total facilidade de aquisição. Dessa forma, é muito comum e fácil as pessoas irem direto a sites de pesquisa e procurar o que desejam, satisfazendo-se com a primeira opção de busca que considerarem satisfatória, sem ao menos fazerem uma avaliação mais profunda, ou duvidar do que está sendo lido.
Nesse contexto, o uso da internet vai totalmente de encontro ao Cogito Ergo Sum: “penso, logo existo”, ou até mesmo: “duvido, logo existo”, visto que esta “atropela” as etapas de dúvida, divisão, síntese e enumeração. Além do que a mesma fornece uma quantidade exorbitante de informações falsas e duvidosas, que de alguma forma deveriam ser analisadas com mais cuidado do que de costume.
Definitivamente, a internet não é uma ferramenta completamente confiável.

Ana Paula Almeida

Nenhum comentário:

Postar um comentário