Ao comparar-se o “Cogito Ergo Sum” de René Descartes ao
mundo contemporâneo - em que se abusa do uso da internet - pode-se observar que
a forma de adquirir-se e absorver-se conhecimento são totalmente diferentes.
De acordo com Descartes, para algo ser considerado
conhecimento verdadeiro e universal, deve passar por uma série de análises e
provas, até que seja concebido como uma ideia clara e distinta. Hoje, com o uso
da internet, dispomos de uma série de conteúdos, ideias, notícias, etc., já
prontas, de total facilidade de aquisição. Dessa forma, é muito comum e fácil
as pessoas irem direto a sites de pesquisa e procurar o que desejam,
satisfazendo-se com a primeira opção de busca que considerarem satisfatória,
sem ao menos fazerem uma avaliação mais profunda, ou duvidar do que está sendo
lido.
Nesse contexto, o uso da internet vai totalmente de encontro
ao Cogito Ergo Sum: “penso, logo existo”, ou até mesmo: “duvido, logo existo”,
visto que esta “atropela” as etapas de dúvida, divisão, síntese e enumeração.
Além do que a mesma fornece uma quantidade exorbitante de informações falsas e
duvidosas, que de alguma forma deveriam ser analisadas com mais cuidado do que
de costume.
Definitivamente, a internet não é uma ferramenta
completamente confiável.
Ana Paula Almeida
Ana Paula Almeida
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